sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Alimentação artificial

Com a chegada do período de chuvas aqui no Maranhão, as fontes de alimento para as abelhas começam a ficar escassas, já se passou a época de florada de várias espécies e consequentemente há pouco pólen e néctar para serem coletados, é um período difícil para as colônias, durante uma vistoria é possível notar os potes de alimento bem menores.

Essa falta de comida influencia até na postura de ovos pela rainha, que frequentemente faz sua ronda pela colônia para ver se o estoque de alimento é suficiente para manter a demanda dos futuros habitantes, logo se ela constata que é tempo de vacas ou melhor de abelhas magras a postura diminui drasticamente, o que não é nada interessante para manutenção do enxame e para qualquer meliponicultor que pretende realizar algumas multiplicações futuramente.

É ai que entra o alimento artificial para manter as colônias durante esse período. Existem muitas receitas, mas em geral são bem parecidas só mudam alguns detalhes, eu faço da seguinte maneira: Coloco para ferver 1 litro de água com algumas folhas de cidreira ou capim limão(o cheiro dessas folhas é um atrativo para as abelhas), quando já estiver com aquele aroma de chá, retiro do fogo adiciono 1 kg de açúcar, mais umas 20 gotas de suplemento vitamínico(vita gold potenciado), facilmente encontrado em qualquer casa veterinária e ainda o suco de 1/2 limão para quebrar as moléculas do açúcar, assim serão mais fáceis de serem absorvidas pelas abelhas.


Depois disso é só deixar esfriar e servir o xarope, eu prefiro colocar internamente em copos de 200ml, pois dessa maneira sei que cada enxame está recebendo uma quantidade exata sem disputa com as campeiras de outro enxame, o que acontece quando se usa o alimentador externo, além do risco de atrair as abelhas apis. Também existem as desvantagens da alimentação interna, além do estresse pelo qual as abelhas passam ao abrir a caixa podemos danificar a estrutura do ninho e ainda matar algumas no momento de fechar, mas é assim cada um com as suas preferências. Você também pode engarrafar e manter na geladeira por alguns dias, eu já mantive por uns oito dias sem problemas de fermentação. Outro detalhe, coloque uns pedacinhos de madeira nos copos que ficarem no interior das colméias, eles serão os "salva-vidas" das abelhas, impedindo que elas morram afogadas no xarope.



É claro que se o criador tiver como objetivo a produção de mel assim que o período de florada recomeçar, os potes devem ser esvaziados, do contrário a produção não será pura já que haverá mistura com o mel de açúcar processado pelas abelhas que nós chamamos de "mel expresso".


Durante a alimentação apareceram umas visitantes em busca de umas gotinhas de xarope, eram as abelhas mosquito, descobri que um amigo nosso o Sr. Caldas tem uma colônia dessa espécie, em breve irei até lá tirar umas fotos e escrever mais sobre essa abelha sem ferrão que faz jus ao nome, ela mede cerca de quatro milímetros e por isso muitos até a confundem com outro tipo de inseto.















É isso meus caros abenautas até a próxima!

Grande Abraço.

Francisco Carlos Alencar
Meliponário Alencar
São Luis - MA



2 Responses to “Alimentação artificial”

Djalma disse...

Ei amigo essa abelha mosquito, eu estou com ela em minha casa, adquiri a pouco tempo, queria saber qual é sua verdadeira espécie... veja com seu amigo que abelha seria essa...

Fala, Alencar.

Tambem moro em São Luís. Estou iniciando na atividade agora (sem fins lucrativos, apenas preservacionista). Possuo colmeias de cupira, tubi, tiuba, jandaira, mandaçaia, uruçu amarela. Gostaria de entrar em contato com você pessoalmente. Abraço. claudiousdecastro@hotmail.com

 
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