terça-feira, 16 de março de 2010

Extração de geoprópolis

O geoprópolis é um dos produtos da tiúba muito utilizado na medicina popular, ele auxilia na cicatrização de ferimentos, problemas de garganta, antitumoral e fungicida, o goprópolis vem sendo pesquizado pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA entre outras.


Inclusive os docentes do curso de Odontologia do UNICEUMA, Silvana Duailibe e Fernando Ahid, tiveram um grande reconhecimento acadêmico. O trabalho científico dos pesquisadores maranhenses, que aborda a ação antibiótica do geoprópolis da abelha Tiúba sobre as bactérias da cárie dental, foi publicado na Dental Research Review, periódico de circulação internacional editado pela USP. O estudo já foi apresentado na 58ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em 2006, em Florianópolis/SC; e na 23ª Reunião Anual da SBPqO (Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica), também em 2006, na cidade de Atibaia/SP.


De acordo com as pesquisas realizadas o geoprópolis contém na sua estrutura molecular: flavonóides, polifenóis, terpênicos e mais de cinquenta outros compostos. Para sua produção as abelhas coletam resinas, pólen, barro e também introduzem suas próprias enzimas. Após a sua extração é feito o beneficiamento deixando o geoprópolis de molho no álcool de cereais para consumo humano ou em álcool a 70% para utilizar na pintura interna das caixas de abelhas e preparação de iscas pet para captura de enxames na natureza.

Fonte de alguns estudos e trabalhos:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-695X2008000400010&script=sci_arttext&tlng=pt
http://www.extranet.ceuma.br/noticias_mostrar.asp?noticia=876
http://www.lea.ufma.br/pagina_projeto_andamento.php
http://www.openthesis.org/documents/DE-DEMelipona-fasciculata-Smith-PRODUZIDO-288501.html

sábado, 13 de março de 2010

Pequenas notáveis

O Brasil possui muitas espécies de abelhas nativas, também chamadas de indígenas, que exercem importante papel na fecundação de inúmeras espécies vegetais de nossa flora. Devido à grande extensão do território nacional, os nomes populares que lhes são dados variam de região para região. Assim, um mesmo nome muitas vezes designa abelhas diferentes

Por Naná Prado / Fotos Du Zuppani

Jataí, Irapuã, Mombuca, Moçabranca, Mandaçaia e Mirim são alguns exemplos de abelhas nativas que diferem da abelha Apis Mellifera, conhecida como a abelha do mel - trazida da Europa em 1839 pelo padre Antonio Carneiro, e que se espalhou pelos ecossistemas brasileiros em franca competição com as abelhas nativas. Conhecidas popularmente como abelhas sem ferrão, as nativas possuem ferrão atrofiado, e não conseguem utilizá-lo como forma de defesa. Algumas espécies são pouco agressivas, adaptam-se bem às colméias e ao manejo e produzem um mel saboroso e apreciado. Além do mel, podem fornecer, para exploração comercial, pólen, cerume, geoprópolis e os próprios favos de cera. Existem também outras formas de exploração sustentável como trabalhar questões de educação ambiental, turismo ecológico e ecopaisagismo.

No Brasil, são conhecidas mais de 400 espécies de abelhas sem ferrão que apresentam grande heterogeneidade na cor, tamanho, forma e população dos ninhos. Especialistas alegam que há escassez de informações biológicas e zootécnicas, pois muitas sequer foram identificadas.

Segundo Fábia Pereira, "devido a essa diversidade, é fundamental realizar pesquisas sobre comportamento e reprodução específicas para cada espécie; analisar e caracterizar os produtos fornecidos e estudar formas de conservação do mel que, por conter mais umidade do que o mel de Apis mellifera, pode fermentar com mais facilidade". A alta cotação do preço do mel das abelhas nativas no mercado, segundo Fábia, que em média varia de R$ 15,00 a 50,00 o litro, aliada ao baixo investimento inicial e à facilidade em manter essas abelhas próximas das residências, servem de estímulo para novos criadores.

No entanto, muitos produtores, em busca de enxames, acabam atuando como verdadeiros predadores, pois derrubam árvores para retirada das colônias e, nesse processo, muitas abelhas morrem devido à falta de cuidado durante o translado e ao manejo inadequado.

Outra causa da morte das colônias é a criação de espécies não adaptadas à sua região natural. É relativamente comum que produtores iniciantes das regiões Sul e Sudeste do Brasil queiram criar abelhas nativas adaptadas às regiões Norte e Nordeste, e vice-versa. A falta de adaptação dessas abelhas às condições ambientais da região em que são colocadas acaba por matar as colônias, o que contribui para sua extinção.

Doce e saudável

A criação de abelhas indígenas sem ferrão em cabaças, cortiços e caixas rústicas constitui uma atividade tradicional em quase todas as regiões do Brasil. Conhecida como meliponicultura, foi inicialmente desenvolvida pelos índios, e hoje, é praticada por pequenos e médios produtores.

O mel destas espécies contém os nutrientes básicos necessários à saúde, como açúcares, proteínas, vitaminas e gordura. Possui, também, uma elevada atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos em várias regiões do país. Waldemar Monteiro, conservacionista e membro do Departamento de Abelhas Indígenas da APACAME (Associação Paulista de Apicultores, Criadores de Abelhas Melificas Européias), afirma que para criar abelhas e mantê-las é preciso analisar as espécies de flores da região; anotar as épocas em que as floradas ocorrem, a presença de água potável e evitar correntes de ventos que possam prejudicar o vôo das abelhas. Árvores que produzem frutos grandes devem ser evitadas, tais como, mangueira, abacateiro, laranjeira e jaqueira. A queda deles poderá acarretar danos nas colméias.

Segundo Waldemar, muitas abelhas são bastante mansas e se protegem para defender seus ninhos, construindo-os em locais de difícil acesso, e se recolhendo quando incomodadas. "Algumas espécies de abelhas nativas constroem seus ninhos dentro de formigueiros ou próximo do ninho de abelhas bastante agressivas, obtendo assim proteção para suas colméias".

Fauna e flora em harmonia

As vantagens da criação e conservação das abelhas indígenas (nativas) não estão restritas ao mel e aos demais produtos de valor comercial. Elas exercem um papel importante na polinização das plantas. "Quando uma abelha penetra numa flor para sugar o néctar, os grãos de pólen aderem ao seu corpo e ao visitar, na seqüência, uma outra flor, o pólen colado no seu corpo é depositado no estigma, a parte feminina da segunda flor. Este processo, chamado polinização, é o que fertiliza a flor", explica a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fábia de Mello Pereira. Uma vez que não

possuem o ferrão, as abelhas nativas podem ser usadas com segurança na polinização de espécies vegetais cultivadas em ambiente fechado.

Algumas culturas, a exemplo do pimentão, necessitam que, durante a coleta de alimento, a abelha exerça movimentos vibratórios em cima da flor para liberação do pólen. Também existem espécies de orquídeas e bromélias que são polinizadas exclusivamente por abelhas da espécie euglossini que, geralmente, apresentam cores metálicas, tendendo para o verde ou roxo.

A extinção dessas espécies pode causar um problema ecológico de enormes proporções, uma vez que as mesmas são responsáveis, dependendo do bioma, pela polinização de 80 a 90% das plantas nativas no Brasil. Há, inclusive, muitos agricultores utilizando as abelhas sem ferrão na polinização de culturas agrícolas tais como urucum, chuchu, camu-camu, carambola, coco-da-bahia e manga.

Arquitetas naturais

O ninho é um espetáculo à parte de arquitetura e organização. As abelhas nativas estabelecem as suas colônias no oco de árvores ou em galerias cavadas no solo e utilizam misturas de cera, própolis e barro como material de construção. Algumas espécies constroem ninhos em forma de túnel, revestindo as paredes com folhas ou pétalas, formando um compartimento cilíndrico no interior do qual depositam o mel e pólen que servirá de alimento para as suas larvas, desde a postura do ovo até o nascimento do inseto.

Umas poucas espécies aceitam viver em colméias artificiais, que devem ser habilmente construídas para reproduzir as condições naturais a que o inseto está adaptado.

Peculiaridades e desafios científicos

• muitas espécies produzem um mel de excelente qualidade - alguns dos quais, inclusive, a crença popular atribui qualidades terapêuticas;

• a criação de abelhas sem ferrão é muito fácil até na cidade. A docilidade da maioria das espécies e seu comportamento fascinante as tornam um excelente material lúdico para os adultos e um instrumento de educação ambiental para as crianças;

• seu papel chave nos ecossistemas dificilmente é apreciado na sua plenitude. As abelhas campeiras, ao coletar o néctar e o pólen, visitam quase todo tipo de arbustos e árvores com flores, servindo assim de agentes polinizadores nas matas e plantações.

Fonte: http://www.beachco.com.br/default.asp?ACT=5&content=55&id=27&mnu=27


segunda-feira, 1 de março de 2010

Visita ao Sr. Caldas

Em um post antigo sobre alimentação artificial mostrei uma abelha minúscula que sempre aparece pelo meliponário querendo umas gotinhas do xarope, na ocasião prometi que em breve iria visitar o Sr. Caldas para mostrar suas "abelhas mosquito " que é como nós as conhecemos, pois então finalmente fui lá tomar um tempinho do amigo sábio de conversa fácil e agradável, sempre com seus ensinamentos nos mais diversos aspectos da vida.

Seu Caldas ai ao lado do refúgio que as abelhas encontraram para construir sua colônia, essa espécie é muito pequena chega no máximo a 4 milímetros, esse cilindro de concreto onde elas se instalaram é muito grande para elas e dificulta o controle da temperatura, o ideal é que sejam transferidas para uma caixa racional.







A abelha mosquito é da tribo trigonini, para os abenautas que não conhecem essas denominações uma aula rápida:

As abelhas nativas dividem-se em melíponas e trigonas

Entre as meliponas,podemos destacar:tiúba(melipona compressipes fasciculata), jandaira(melipona subnitida), mandaçaia (melipona quadrifasciata), uruçu(melipona scutelaris), manduri(melipona marginata) entre outras.
Entre as trigonas,podemos destacar:moça-branca(frieseomelita varia), jataí(tetragonista angustula), mosquito(plebeia ou friesela), iraí(nannotrigona testacocieformes), entre outras.

ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE MELIPONAS E TRIGONAS:
MELIPONAS:
-São abelhas maiores;
-fazem a boca de entrada da colónia com geoprópolis;
-fazem estrias,na entrada da colónia;
-tem sempre um vigia na entrada da colónia.
TRIGONAS:
-são abelhas menores;
-a entrada da colónia tem cera ,ou nada;
-possuem as patas traseiras maiores;
-tem sempre vários vigias,na entrada da colónia.
- possui célula real

Movimento das meninas na entrada da colônia:


Francisco Carlos Alencar
Meliponário Alencar
São Luis-MA
 
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